sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

VINHOS DA SUA GARRAFEIRA PARTE IV

VINHOS DA SUA GARRAFEIRA PARTE IV

MARQUES DE MARIALVA

Vinhos da Bairrada e Tejo


Tal como prometido, aqui estamos de novo, propondo-nos agora abordar alguns vinhos da Região da Bairrada. Esta é uma região plana, que se desenvolve numa faixa litoral marítima, de marcada influência atlântica, com chuvas abundantes e temperaturas médias suaves. Os solos dividem-se entre os terrenos argilo-calcários e com faixas arenosas, onde se produzem uvas de acidez elevada e baixa graduação alcoólica. As castas tradicionais são a casta Baga, Alfrochoeiro, Tinta Pimenta e Touriga Nacional para os tintos e nos brancos predomina a casta João Pires, seguida do Arinto, Bical, Cercial e Rabo de Ovelha. A estas castas Nacionais juntaram-se muitas outras internacionais, como o Chardonnay, Cabernet Sauvingon. Merlot, Pibot Noir e Syrah. Como já dito as uvas produzidas nesta região originam vinhos de grande acidez e baixo teor alcoólico. São por isso vinhos não aconselháveis a envelhecer em garrafeira e apenas poderá dispor de algumas garrafas para consumo imediato ou para acompanhar numa boa refeição de leitão assado no espeto, tão célebre e apreciada por muitos Portugueses sejam ou não da Bairrada.
Vou referir apenas alguns dos vinhos e espumantes resultantes de vinhos desta zona vitivinícola, cuja lista é longa e que poderá escolher de acordo com a sua preferência, entre brancos e tintos, os seco, doces, meio doce não esquecendo também os diferentes rosés. Há para todas as escolhas:

Os brancos, tintos e espumantes Marquês de Marialva .
Marquês de Marialva Rosé Meio Seco Reserva
Espumante DO
Marquês de Marialva Tinto Bruto Reserva












A região do Tejo, anteriormente conhecida como Ribatejo, estende-se ao longo do vale do rio Tejo, numa extensa planície de aluvião, prolongando-se até Vila Franca de Xira. Situa-se numa zona de transição climática, de forte influência mediterrânica, acompanhada por uma ascendência mais atlântica ou mais continental, consoante a latitude. O Tejo subdivide-se em seis sub-regiões, Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar. Os solos da região subdividem-se em três cadastros distintos. A zona do campo e lezíria. Tomar é a região mais fresca da denominação e Coruche a mais quente, com uma paisagem em tudo semelhante à paisagem alentejana. Às tradicionais castas brancas da região, Arinto, Fernão Pires, Tália, Trincadeira das Pratas e Vital, juntam-se o Chardonnay e Sauvignon Blanc, enquanto às castas tintas tradicionais Castelão e Trincadeira, somam-se o Aragonez, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Da Adega Cooperativa de Almeirim, sobressaem os seus vinhos medalhados tintos e brancos: nos tintos, o Cinquentenário tinto 2007, a partir das castas Aragonês e Castelão, envelhecimento em casco de carvalho francês durante oito meses, deve ser servido a 16 º C; o Varandas DOC Ribatejo tinto 2008, envelhecido em cas cos de carvalho durante nove meses, é um vinho de cor rubi, com aroma a frutos vermelhos, com um grau da alcoolidade de 13,5 º C vol., deve ser servido a 18 º C. Os brancos Cinquentenário branco 2008 e Varandas DOC Branco 2007, são vinhos com teor alcoólico de 13 ºC, boa acidez e com aroma a frutos tropicais, que devem ser servidos a 8 º C. Todos estes vinhos são passíveis de envelhecer na sua garrafeira e poderão lá ter o seu lugar. Da Adega Cooperativa do Cartaxo, temos vários vinhos da série Bridão de que destaco os monocastas Merlot e Cabernet Shauvingon ambos com 14 % vol. e nos vinhos brancos, a partir da casta João Pires, este Bridão tem uma cor citrina, com aroma a flor de frutos, com um sabor macio e equilibrado. O teor alcoólico é semelhante em ambos e é de 13 º C o que permite um menor risco de se estragar quando conservado em condições na sua garrafeira. Já os vinhos da mesma Adega, Xairel e Plexus, vinhos com grau de alcoolidade inferior são vinhos que recomendamos apenas para uso imediato. Da quinta Casal Branco em Almeirim, também o Terra de Lobos e o Quartilho DOC Tejo, poderão ser considerados. Também da Casa Cadaval, as marcas Marquesa de Cadaval, Padre Pedro Reserva, Vinha Padre Pedro, Cabernet Sauvignon, Trincadeira Vinhas Velhas e Pinot Noir, são outras a ter em consideração.



Mas a página já vai longa e a garrafeira muito cheia. Teremos que ir devagar e por isso, até a próxima.


Sem comentários: