Estava eu ainda a pensar na Polónia depois desta visita à
Croácia, quando me lembrei do ESPERANTO.
O seu fundador é Polaco, nascido em Białystok em 15 de Dezembro de 1859 tendo falecido em Varsóvia a 14
de Abril de 1917.
Médico judeu, Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a
versão inicial do idioma em 1887, não com a intenção de substituir todas as
línguas mundiais, mas com o SONHO de
criar uma língua de mais fácil aprendizagem, que servisse como língua franca
internacional, para toda a população mundial.
Em 1954, a UNESCO passou a reconhecer formalmente o valor do
esperanto para a educação, a ciência e a cultura e em 1985 a mesma UNESCO
recomendou aos países-membros a difusão do esperanto.
A partir daqui questionei-me acerca de outros homens famosos
que também tiveram os seus SONHOS.
O HOMEM NOVO
Vladimir Ilyitch Uliánov, Lenine,
nasceu a 22 de Abril de 1870 em Simbirsk,
tendo falecido em Gorki, a 21 de
Janeiro de 1924.
Foi responsável, em grande parte, pela execução da Revolução
Russa de 1917.
Foi líder do Partido Comunista Russo e primeiro presidente
do Conselho dos Comissários do Povo da União Soviética.
Influenciou teoricamente os partidos comunistas de todo o
mundo e das suas contribuições resultou a criação de uma corrente teórica, denominada
Leninismo ou Ética de Estado.
Também ele teve um SONHO.
Com a criação do “homem
novo” seria criada a nova sociedade, sem exploradores nem explorados.
Todos sabemos o resultado.
I HAVE A DREAM – EU
TIVE UM SONHO
Martin Luther King,
foi um negro nascido em Atlanta, nos Estados Unidos da América, a 15 de Janeiro
de 1929, tendo morrido assassinado em Memphis no dia 4 de Abril de 1968.
Foi um pastor protestante e activista político.
Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos
direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no Mundo, tendo desenvolvido uma
campanha de não-violência.
Subindo os degraus do Lincoln Memorial, em Washington, pode ser visto o local onde Martin
Luther King estava quando proclamou "I have a dream...", repetidas vezes, como num estado de
transe, a 28 de Agosto de 1963.
Apesar disso, nos Estados Unidos da América, o racismo
latente subsiste.
Apenas há um ano, George
Zimmerman, o vigilante voluntário de um condomínio na Florida, matou um
adolescente afro-americano, Trayvon
Martin, por presumir que ele devia ser um assassino!...
Há muitos bons SONHOS,
a sua concretização é que nem sempre é fácil.
Para deixar uma Mensagem
de Esperança, aqui fica um poema muito conhecido em Portugal do Poeta António Gedeão.
Rómulo Vasco da Gama
de Carvalho, nasceu em Lisboa a 24 de Novembro de 1906,vindo a falecer na
mesma Cidade, a 19 de Fevereiro de 1997.
Foi um químico, professor de físico-química do ensino
secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História
da Ciência em Portugal, divulgador da ciência e poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
Pedra Filosofal e
Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
“Eles não sabem que o
sonho/é uma constante da vida/tão concreta e definida/como outra coisa
qualquer,/como esta pedra cinzenta/em que me sento e descanso,/como este
ribeiro manso/em serenos sobressaltos,/como estes pinheiros altos/que em verde
e oiro se agitam,/como estas aves que gritam/em bebedeiras de azul./Eles não
sabem que o sonho/é vinho, é espuma, é fermento,/bichinho álacre e sedento,/de
focinho pontiagudo,/que fossa através de tudo/num perpétuo movimento./Eles não
sabem que o sonho/é tela, é cor, é pincel,/base, fuste, capitel,/arco em ogiva,
vitral,/pináculo de catedral,/contraponto, sinfonia,/máscara grega, magia,/que
é retorta de alquimista,/mapa do mundo distante,/rosa-dos-ventos, Infante,/caravela
quinhentista,/que é cabo da Boa Esperança,/ouro, canela, marfim,/florete de
espadachim,/bastidor, passo de dança,/Colombina e Arlequim,/passarola voadora,/pára-raios,
locomotiva,/barco de proa festiva,/alto-forno, geradora,/cisão do átomo, radar,/ultra-som,
televisão,/desembarque em foguetão/na superfície lunar./Eles não sabem, nem
sonham,/que o sonho comanda a vida,/que sempre que um homem sonha/o mundo pula
e avança/como bola colorida/entre as mãos de uma criança.”
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