CRACÓVIA
AUSCHWITZ E BIRKENEAU
AVISO: O TEXTO QUE SE SEGUE E AS IMAGENS PUBLICADAS
PODEM SER PREJUDICIAIS A PESSOAS SUSCEPTÍVEIS E A MENORES DE IDADE.
Estávamos
a 23/01/2014 – Para visita aos campos de concentração e de extermínio de
Auschwitz e de Birkenau, fomos
transportados numa carrinha (Pich Up) com 3 filas de assentos conjuntamente com
outros turistas alojados noutros hotéis. Após termos feito cerca de 75 Km,
cerca de uma hora de viagem, fomos deixados no nosso destino em Oswiecim onde se localiza o campo a que os
alemães chamaram de Auschwitz. Este campo de concentração é o símbolo do genocídio
judaico e do Holocausto.
De facto, a prisão inicialmente destinou-se à prisão
de cidadãos polacos considerados politicamente perigosos; os alemães consideravam
“perigosas” todas as personalidades do mundo político, civil e intelectual,
assim como os participantes no movimento de resistência à ocupação alemã.
Auschwitz acabou por receber prisioneiros procedentes de todos os territórios sob influência do Terceiro Reich. Revelou-se como parte integrante do plano para a “Solução Final da Questão Judaica”, ou seja, a eliminação de todos os judeus que viviam no território ou sob influência do Terceiro Reich.
Auschwitz acabou por receber prisioneiros procedentes de todos os territórios sob influência do Terceiro Reich. Revelou-se como parte integrante do plano para a “Solução Final da Questão Judaica”, ou seja, a eliminação de todos os judeus que viviam no território ou sob influência do Terceiro Reich.
A partir de 1941 o
campo foi ampliado com a construção de novos blocos e anexação de diversas
aldeias, como foi o caso de Brzezinka, onde foi instalado o
campo de Birkenau. Em 1942 os campos de Auscwitz-Birkenau
constituíam o maior campo de extermínio de toda a Europa. Auschwitz
Inicialmente os
prisioneiros eram identificados com fotografia, mas tendo os alemães chegado à
conclusão que era um processo dispendioso, passam a fazer uma tatuagem num dos
braços com um número de registo.
Todos os judeus considerados não-aptos para trabalhos pesados eram deportados para este campo para serem de imediato eliminados nas câmaras de gás. Nesta situação os prisioneiros não sofriam qualquer registo para evitar a constatação da enormidade do extermínio.
As vítimas destes campos entre 1940 e 1945 foram cerca de um milhão e quinhentas mil pessoas, sem distinção de sexo, idade ou fé política (1.100.000 terão sido judeus de diferentes nacionalidades, 140.000 seriam polacos, na sua grande maioria políticos, 20.000 ciganos e 20.000 prisioneiros de guerra de diferentes proveniências.
Em 1979 a Unesco considerou este local com Herança Mundial, constituindo um testemunho da enormidade violenta de que o homem é capaz.
Todos os judeus considerados não-aptos para trabalhos pesados eram deportados para este campo para serem de imediato eliminados nas câmaras de gás. Nesta situação os prisioneiros não sofriam qualquer registo para evitar a constatação da enormidade do extermínio.
As vítimas destes campos entre 1940 e 1945 foram cerca de um milhão e quinhentas mil pessoas, sem distinção de sexo, idade ou fé política (1.100.000 terão sido judeus de diferentes nacionalidades, 140.000 seriam polacos, na sua grande maioria políticos, 20.000 ciganos e 20.000 prisioneiros de guerra de diferentes proveniências.
Em 1979 a Unesco considerou este local com Herança Mundial, constituindo um testemunho da enormidade violenta de que o homem é capaz.
As linhas ferroviárias que ligam os
dois campos, as guaritas e as cercas dos campos que estavam à época
electrificadas mantêm-se como eram.
Guaritas e cercas dos campos que outrora estavam electificadas |
Via férrea de ligação entre Auschwitz-Birkenau |
A
nossa visita foi feita com uma simpática guia que falava muito bem a língua
castelhana e além de falar dos factos históricos que já relatei, mostrou-nos o “museu” disperso pelos diferentes pavilhões, onde podem ser observadas
imensas fotografias tiradas pelos soldados alemães, onde se vê a multidão de
prisioneiros a descerem dos comboios que os transportavam ao campo,
Prisioneiros chegam ao campo |
Prisioneiros esgotados no fim dum dia esgotante de trabalhos forçados e mal alimentados |
Prisioneiros chegam ao campo |
Prisioneiros no campo |
A separação dos homens das mulheres, as
crianças, todos eles transportando uma pequena mala com alguns dos parcos haveres
que depois lhes era retirada, sendo obrigados a vestir fardas próprias
listadas.
Fotografias de crianças prisioneiras |
Soldados alemães vigiam a chegada de um comboio de transporte de prisioneiros |
Às
mulheres era-lhes rapado o cabelo, tendo sido por nós vista a enorme montra que
ainda alberga uma tonelada de cabelo humano, com o qual os alemães teciam
tecidos usados nas fardas dos seus soldados (vimos numa montra amostra desse
“tecido”). Foi-nos pedido que por respeito às vítimas não fografassemos.
Noutra montra acumulam-se milhares de objectos pessoais que
pertenceram a prisioneiros – muitas próteses usadas por prisioneiros (dos tais não aptos ao trabalho e que seguiram de imediato para o extermíneo), milhares de escovas de dentes, pentes, sapatos, roupas de
criança, bonecas…
Uma boneca que pertenceu a uma criança judia prisioneira no campo |
Objectos pessoais |
Milhares de escovas de dentes e outros pertences pessoais dos prisioneiros dos campos |
Centenas de próteses ortopédicas que alguns dos prisioneiros traziam quando chegavam ao campo |
Um sem fim de coisas que nos fazem acreditar que “aquilo” foi real e que permanentemente nos faz questionar: como foi possível?!
Podemos ver a parca comida que era dada aos prisoneiros, uma vez ao dia.
A comida diária dos prisioneiros dos campos de concentração |
A
montra de caixas vazias que contiveram o produto semelhante a sal que uma vez
em contacto com a água libertava um vapor mortífero que liquidava as suas
vítimas em cerca de 20 minutos!
As caixas vazias que contiveram o produto mortífero |
Produto mortífero existente nas caixas, de cor branca |
A
visita a todos os horrores continuou, mas terão que esperar pela próxima página
para conhecerem tudo o que nos foi mostrado.
Acreditem
que é melhor em “pequenas doses” do que “levar” com tudo isto duma só vez.
Faz mesmo doer a alma a constatação da realidade dos horreres ali praticados.
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