CRACÓVIA -Auschwitz e de Birkenau
Auschwitz e de Birkenau
AVISO: O TEXTO QUE SE SEGUE E AS IMAGENS PUBLICADAS
PODEM SER PREJUDICIAIS A PESSOAS SUSCEPTIVEIS E A MENORES DE IDADE.
Foi-nos dado a ver mais horrores, como fotografias de mulheres nuas e esqueléticas assim como de
crianças também pele e osso, utilizadas por Joseph
Mengele, oficial médico chefe da principal enfermaria do campo de Birkenau,
nos seus estudos sobre a hereditariedade. Esta figura sinistra era conhecido como Todesengel, "O Anjo da
Morte", no campo de concentração. Participou na selecção de
prisioneiros para enviar às câmaras de gás, entre outras atrocidades.
O Anjo da Morte - Joseph Mengele |
Imagens de algumas das vítimas do "Anjo da Morte": crianças e mulheres inocentes, utilizadas nos seus estudos experimentais sobre a heriditariedade e a esterelização.
A maior parte, senão a totalidade, acabavam por morrer vítimas dessas brutais e absurdas experiências.
Podemos ver as camaratas de traves de madeira que distanciavam poucos centímetros do catre superior, quase impedindo o ocupante de se movimentar o seu catre.
As camaratas dos prisioneiros |
Outra imagem das camas dos prisioneiros do campo |
Vimos
as sanitas, buracos abertos num longo muro que ficava entre duas fileiras dos
catres. Não possuíam esgotos, logo era necessário que alguns dos prisioneiros
tratassem da descarga dos excrementos (segundo nos contava a guia, seria um
trabalho desejado por muitos prisioneiros já que os soldados alemães não se
atreviam a tocar-lhes, deixando-os à vontade, pois cheiravam muito mal).
Os sanitários dos prisioneiros do campo |
A tentativa de destruição de provas |
Foi-nos dado ver outros horrores, tais como os postes de tortura, nos quais os prisioneiros eram pendurados com os braços atados atrás das costas, ficando suspensos sem conseguirem chegar com os pés ao chão para apoio.
Poste de Tortura de Prisioneiros |
Vimos as
pequenas celas – solitário, onde o prisioneiro era obrigado a ficar de pé uma
vez que as dimensões da cela não permitiam outra posição!
Foram tantos os actos de repulsa que ali foram
praticados que fazem doer a alma e tornam impossível manter a descrição.
É
impensável, inacreditável, que seres humanos como nós, tenham sido capazes de
tal! E no entanto, ali está Auschwitz-Birkenau para nos fazer acreditar.
A entrada do Campo de Auschwitz |
São
191 hectares ocupados pelas ruínas dos blocos onde estavam os prisioneiros, as
câmaras de gás, os crematórios e a via-férrea que ligava os dois campos e à
estação de Judenrampe, onde entre 1942 e 1944 eram seleccionados os judeus com
destino a Birkenau para execução imediata.
Terminada
a visita à horrorosa realidade da brutalidade humana, regressamos, derreados
física e psicologicamente, ao hotel Ascot. Ficamos no hotel, sem vontade de
nada mais fazer. Pedimos umas sandwichs para jantar no quarto que acompanhamos
com água. Era impossível fazer outra coisa. Lá conseguimos adormecer apesar do
pesadelo que havíamos observado.
No
dia seguinte tínhamos programada outra saída às minas de sal, localizadas
também nos arredores de Cracóvia, em Wieliczka.
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