CRACÓVIA – COLINA DE WAWEL
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O rio Vistula com a Colina de Wawel à esquerda da imagem |
COLINA DE WAWEL
Acordamos
cedo e após o pequeno-almoço, fomos a pé até à Colina de Wawel,
tendo no trajecto entrado numa pequena padaria Awiteks - Piekarnia Awiteks, na rua Coquette - ul kokietka, onde tomámos dois
expressos; tinha lindos bolos em forma de casa lembrar a casa das fábulas
infantis dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.
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A casinha de chocolate |
A Colina de Wawel eleva-se apenas cerca
de 28 metros acima da Cidade. Considerada por muitos como “Acrópolole polaca”,
reúne os máximos valores religiosos e patrióticos da Polónia. A sul debruça-se
sobre o Rio Vístula, rio que neste
período estava com a sua superfície gelada.
No
centro da Colina encontram-se o Castelo do Real - Zamek e a Catedral - katedra.
O sistema
defensivo da Catedral desenvolveu-se
desde o século XI. Tendo a catedral sido fortificada com quatro Torres das
quais ainda resta parte da Torre dos sinos do relógio. Casimiro o Grande, no século XIV, procedeu à remodelação das Torres
Românicas em estilo Gótico e à criação duma nova cerca de muralhas, com uma
série de Torres onde se destacam a Torre dos Ladrões – “Zlodziejska” na encosta
virada para o Vístula, a Torre Pata de Galinha – “Kurza Stopka”, no
Pavilhão gótico do Palácio Real, a Torre dos Dinamarquesa – Wieza
Dunska, quadrada e mais tarde construídas as Torres mais imponentes: A
Torre dos Senadores – “Lubranka”e a Torre de “Sandomierska”-
esta domina a porta “Bernardina”.
A
rua que nos conduz ao complexo arquitectónico de Wawel sobe paralela à
lateral esquerda da Catedral – Katedra, sob o bloco das Torres de Sigismundo e do Relógio. A rua está ladeada por um muro
ornado com numerosas placas que lembram todos aqueles que contribuíram para
restaurar os monumentos de Wawel.
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A rua que nos conduz ao complexo arquitectónico de Wawel |
Entramos
em Wawel
pela Porta dos Vasa e
dirigimo-nos à Catedral; adquirimos bilhetes de acesso ao Museu da Catedral – Muzeum
Katedralne
por 8 ZLN cada (fica por metade para idosos), que também permitem a subida à
Torre Sigismundo - Dzwon Zygmunta (onde se pode observar o enorme sino de
Sigismundo) e ainda
permite a visita aos Túmulos Reais - Groby Krolewskie.
A subida dos 80 degraus da Torre vale apena, apesar
de se terem que descer de novo outros 80 degraus…Avista sobre a Cidade de Cracóvia é magnífica.
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Porta dos Vasa |
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À entrada do complexo arquitectónico de Wawel Estátua equestre de Kosciuszko, com a Torre do Relógio em primeiro plano e a Torre de Sigismundo ao centro da imagem |
Iniciamos a nossa visita pela Catedral de Cracóvia que terá sido iniciada em 1020 e depois restruturada em estilo românico, como o são a parte inferior da Torre dos Sinos de Prata – Wieza Srebrnch e a base da Torre dos Relógios - Wieza Zegarowa, que nos andares seguintes é gótica, encimada com coroamento barroco.
A Catedral, a partir de 1320 foi sede de
coroação e sepultura de reis.
No
interior da Catedral, na nave central, deparamos com o mausoléu de São
Estanislau (Bispo de Cracóvia em 1072 e que morreu esquartejado por
condenação decretada por Boleslau II denominado de “O
Atrevido”; trata-se de um sarcófago em prata, obra-prima da ourivesaria
seiscentista.
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Mausoléu de São Estanislau |
À direita o monumento funerário ao rei Ladislau Jagiellon. São
esplendidos os vitrais da Catedral, assim como a cúpula barroca que cobre a Capela dos Vasa. Há inúmeros túmulos de
reis, rainhas e bispos polacos construídos por ilustres escultores polacos e
estrangeiros que trabalharam na Polónia. A Capela
de Santa Maria acolheu o túmulo
em mármore do rei Estevão Bathory; outra Capela, a de Santa Cruz contém o monumento funerário do Bispo Kajetan Soltyk; A
Capela funerária do rei Estevão Bathory, com a imagem da Virgem Negra de Czestochowa e o
sepulcro real desenhado por Santi Gucci
no século XVI. A Capela do rei Sigismundo – Kaplica Zygmuntowska distingue-se
de todas as outras pelas notas cromáticas que ali predominam: o ouro das
inscrições, a claridade das paredes e o vermelho dos mármores com que estão
esculpidos os túmulos de Sigesmundo I o dos seus filhos; a
capela é de estrutura renascentista, quadrada e coberta por cúpula. .As obras das actuais construções iniciaram-se em 1320, chamando atenção os diversos elementos arquitectónicos que abarcam diferentes estilos. Destacam-se a Capela renascentista do Rei Sigismundo – Kaplica Zygmuntowska e a Capela barroca dos Vasa – Kaplica Wazow.
Não
chegamos a visitar a Gruta do Dragão de Wawel. Segundo as crónicas
compiladas por Wincenty Kadlubek em
finais do século XII, haveria um Dragão que aterrorizava a população de
Cracóvia e que terá sido morto pelo príncipe Krak que foi aclamado rei.
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A Catedral de Wawel |
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Entrada na Catedral |
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Catedral de Wawel com Torre dos Sinos de Prata e Torre do relógio |
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Pormenor do edificio da Catedral com Torre de Sigesmundo |
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Vista de Cracóvia vista do alto da Torre de Sigesmundo |
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Outra vista sobre Cracóvia |
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Ainda outra vista |
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Mais pormenores do edifício da Catedral |
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Mais pormenores do edifício da Catedral com Cúpula da Capela dos Vasa |
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Torre dos Sinos de Prata |
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Catedral com Torre dos Sinos de Prata ao lado da Capela dos Vasa e a cúpula dourada da Capela de Sigesmundo |
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Um pormenor da Capela dos Vasa na Catedral de Wawel |
Saímos da Catedral e visitámos o Museu da Catedral de Wawel João Paulo II – Muzeum Katedralne na wawelu im. Jana Pawla II, fundado em 1906. É considerado uma das mais importantes colecções de arte sacra do Século XX. Conserva objectos diversos que são património da Catedral, diversas pinturas do século XIII, esculturas, vasos, relicários, adornos e objectos de uso litúrgico, tapetes flamengos do século XVI, insígnias e símbolos do poder dos reis polacos. Há paramentos bordados a ouro e pérolas que são duma riqueza extraordinária. Dividido por quatro salas, a Sala krolewska – Salão Real, duas Salas zkarbca katedralnrgo séculos XI – XVI e séculos XVII – XX e o Salão Papal.
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Estátua erigida a Paulo II à entrada do Museu da Catedral |
Entre
os dois principais edifícios encontra-se o Sitio
Arqueológico, coberto de neve. Por lá passámos a caminho do restaurante.
Almoçamos
em Wawel, no Café Paxá – Kawiarnia Pod Baszia, 6: uma garrafa de vinho tinto
Bench - pierogi z kapusta i grzybami wino acompanhou bolinhos
de massa com couve e cogumelos - pierogi z kapusta i grzybami, filete de peru com cobertura de mel - filet w
miodowej otulinie e sobremesa com café - zestaw deser i kawa; gastamos 102,90
PLN. Foi uma refeição ligeira e rápida pois ainda necessitava-mos de ver o
Palácio Real.
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Sítio arqueológico |
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Sítio arqueológico coberto de neve |
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Entrada para o Palácio Real |
Zamek – o Castelo Real.
As escavações arqueológicas confirmam que a primeira Corte Real ocupava um edifício no mesmo local entre os séculos X e XI. Casimiro III, o Grande, ali construiu uma imponente residência real gótica em meados do século XIV destruída por um pavoroso incêndio em 1499. Após este terrível episódio, o rei Alexandre e seu irmãAs escavações arqueológicas confirmam que a primeira Corte Real ocupava um edifício no mesmo local entre os séculos X e XI. Casimiro III, o Grande, ali construiu uma imponente residência real gótica em meo Sigismundo, empreenderam a reconstrução da Casa Real de estilo renascentista. Um outro incêndio conduziu ao enriquecimento de alguns interiores com detalhes barrocos.
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Palácio Real com a Torre dos Senadores à esquerda da imagem e Torre Jordanka no centro da imagem |
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Palácio Real com a Torre de Sigesmundo |
A visita inicia-se pelo Pátio, um bonito exemplo do Renascimento italiano. O Pórtico e os dois andares de galerias que cingem o pátio do Castelo criam passagens cobertas entre os diversos salões do Palácio. No rés-do-chão e no primeiro andar estão protegidas por arcadas renascentistas e o andar superior está sustentado por esbeltas colunas. O telhado tem um amplo beiral com caleiras que possuem interessantes gárgulas por onde a água escorre no tempo de chuva.
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Pátio Real |
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Pátio Real com o rés-do-chão, 1º e 2º andares |
Entrámos nos Apartamentos Reais, onde era proibido fotografar. São amplos e sumptuosos. Situados no primeiro andar, conforme era tradição, (o rés-do-chão era destinado à administração e serviçais), destacam-se as monumentais portas góticas e renascentistas, o mobiliário do século XVI, a neoclássica Sala das Colunas, a rica colecção de tapeçarias que fazem parte da primitiva decoração dos Apartamentos Reais, são um esplêndido testemunho da arte renascentista. A Pinacoteca reúne uma colecção de quadros de pintores polacos e de outras escolas da Europa. Possui retractos de soberanos e notáveis polacos pintadas por artistas de Cracóvia, pinturas barrocas principalmente flamengas e holandesas, assim como obras italianas dos séculos XV e XVI.
No segundo andar do Palácio, que desempenhava as funções de representação, são de destacar a Sala das Aves, com paredes revestidas com pele de cabra (cordovões) do século XVII, a Capela Real do século XVII, com uma esplêndida abóboda decorada com estuques e a enorme Sala dos Senadores, com fabulosos tapetes que pertenceram a Sigesmundo II Augusto e que representam episódios da História de Noé.
Ainda nos faltava ver uma obra preciosa também aqui exposta. A obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), a “Dama do Arminho”, um dos retractos femininos mais célebres do artista e que representa Cecília Galerani, dama da corte e amante de Ludovico Sforza, o Mouro, o qual tinha um emblema onde figurava um arminho.
Paga-se bilhete à parte só para ver a obra. Mas vale apena. É de facto um quadro, que apesar das suas pequenas dimensões, é uma preciosidade.
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Dama do Arminho - Leonardo da Vinci |
Eram 16,30 horas e todas as salas encerravam.
O dia já declinava e o sol fez uma graça e despontou no horizonte entre nuvens. Saímos da Colina de Wawel e dirigimo-nos a pé a caminho do nosso hotel.
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Entardecia e o sol deu um "ar da sua graça" |
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