quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CRACÓVIA – COLINA DE WAWEL

CRACÓVIA – COLINA DE WAWEL



O rio Vistula com a Colina de Wawel à esquerda da imagem 

COLINA DE WAWEL

Acordamos cedo e após o pequeno-almoço, fomos a pé até à Colina de Wawel, tendo no trajecto entrado numa pequena padaria Awiteks - Piekarnia Awiteks, na  rua Coquette - ul kokietka, onde tomámos dois expressos; tinha lindos bolos em forma de casa lembrar a casa das fábulas infantis dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.

A casinha de chocolate

A Colina de Wawel eleva-se apenas cerca de 28 metros acima da Cidade. Considerada por muitos como “Acrópolole polaca”, reúne os máximos valores religiosos e patrióticos da Polónia. A sul debruça-se sobre o Rio Vístula, rio que neste período estava com a sua superfície gelada.

No centro da Colina encontram-se o Castelo do Real - Zamek e a Catedralkatedra.

O sistema defensivo da Catedral desenvolveu-se desde o século XI. Tendo a catedral sido fortificada com quatro Torres das quais ainda resta parte da Torre dos sinos do relógio. Casimiro o Grande, no século XIV, procedeu à remodelação das Torres Românicas em estilo Gótico e à criação duma nova cerca de muralhas, com uma série de Torres onde se destacam a Torre dos Ladrões – “Zlodziejska” na encosta virada para o Vístula, a Torre Pata de Galinha – “Kurza Stopka”, no Pavilhão gótico do Palácio Real, a Torre dos Dinamarquesa – Wieza Dunska, quadrada e mais tarde construídas as Torres mais imponentes: A Torre dos Senadores – “Lubranka”e a Torre de “Sandomierska”- esta domina a porta “Bernardina”.

A rua que nos conduz ao complexo arquitectónico de Wawel sobe paralela à lateral esquerda da Catedral – Katedra, sob o bloco das Torres de Sigismundo e do Relógio. A rua está ladeada por um muro ornado com numerosas placas que lembram todos aqueles que contribuíram para restaurar os monumentos de Wawel.

A rua que nos conduz ao complexo arquitectónico de Wawel
Entramos em Wawel pela Porta dos Vasa e dirigimo-nos à Catedral; adquirimos bilhetes de acesso ao Museu da Catedral – Muzeum Katedralne por 8 ZLN cada (fica por metade para idosos), que também permitem a subida à Torre Sigismundo - Dzwon Zygmunta (onde se pode observar o enorme sino de Sigismundo) e ainda permite a visita aos Túmulos Reais -  Groby Krolewskie
A subida dos 80 degraus da Torre vale apena, apesar de se terem que descer de novo outros 80 degraus…Avista sobre a Cidade de Cracóvia é magnífica.



Porta dos Vasa


À entrada do complexo arquitectónico de Wawel
Estátua equestre de Kosciuszko, com a Torre do Relógio em primeiro plano
e a Torre de Sigismundo ao centro da imagem


Iniciamos a nossa visita pela Catedral de Cracóvia que terá sido iniciada em 1020 e depois restruturada em estilo românico, como o são a parte inferior da Torre dos Sinos de Prata – Wieza Srebrnch e a base da Torre dos Relógios - Wieza Zegarowa, que nos andares seguintes é gótica, encimada com coroamento barroco.

A Catedral, a partir de 1320 foi sede de coroação e sepultura de reis.

No interior da Catedral, na nave central, deparamos com o mausoléu de São Estanislau (Bispo de Cracóvia em 1072 e que morreu esquartejado por condenação decretada por Boleslau II denominado de “O Atrevido”; trata-se de um sarcófago em prata, obra-prima da ourivesaria seiscentista. 


Mausoléu de São Estanislau 
À direita o monumento funerário ao rei Ladislau Jagiellon. São esplendidos os vitrais da Catedral, assim como a cúpula barroca que cobre a Capela dos Vasa. Há inúmeros túmulos de reis, rainhas e bispos polacos construídos por ilustres escultores polacos e estrangeiros que trabalharam na Polónia. A Capela de Santa Maria acolheu o túmulo em mármore do rei Estevão Bathory; outra Capela, a de Santa Cruz contém o monumento funerário do Bispo Kajetan Soltyk; A Capela funerária do rei Estevão Bathory, com a imagem da Virgem Negra de Czestochowa e o sepulcro real desenhado por Santi Gucci no século XVI. A Capela do rei Sigismundo – Kaplica Zygmuntowska distingue-se de todas as outras pelas notas cromáticas que ali predominam: o ouro das inscrições, a claridade das paredes e o vermelho dos mármores com que estão esculpidos os túmulos de Sigesmundo I o dos seus filhos; a capela é de estrutura renascentista, quadrada e coberta por cúpula. .As obras das actuais construções iniciaram-se em 1320, chamando atenção os diversos elementos arquitectónicos que abarcam diferentes estilos. Destacam-se a Capela renascentista do Rei Sigismundo – Kaplica Zygmuntowska e a Capela barroca dos Vasa – Kaplica Wazow.

Não chegamos a visitar a Gruta do Dragão de Wawel. Segundo as crónicas compiladas por Wincenty Kadlubek em finais do século XII, haveria um Dragão que aterrorizava a população de Cracóvia e que terá sido morto pelo príncipe Krak que foi aclamado rei.




A Catedral de Wawel


Entrada na Catedral

Catedral de Wawel com Torre dos Sinos de Prata e Torre do relógio

Pormenor do edificio da Catedral com Torre de Sigesmundo

Vista de Cracóvia vista do alto da Torre de Sigesmundo

Outra vista sobre Cracóvia

Ainda outra vista




Mais pormenores do edifício da Catedral 

Mais pormenores do edifício da Catedral com Cúpula da Capela dos Vasa

Torre dos Sinos de Prata

Catedral  com Torre dos Sinos de Prata ao lado da Capela dos Vasa
e a cúpula dourada da Capela de Sigesmundo


Um pormenor da Capela dos Vasa na Catedral de Wawel
Saímos da Catedral e visitámos o Museu da Catedral de Wawel João Paulo II – Muzeum Katedralne na wawelu im.  Jana Pawla II, fundado em 1906. É considerado uma das mais importantes colecções de arte sacra do Século XX. Conserva objectos diversos que são património da Catedral, diversas pinturas do século XIII, esculturas, vasos, relicários, adornos e objectos de uso litúrgico, tapetes flamengos do século XVI, insígnias e símbolos do poder dos reis polacos. Há paramentos bordados a ouro e pérolas que são duma riqueza extraordinária. Dividido por quatro salas, a Sala krolewska – Salão Real, duas Salas zkarbca katedralnrgo séculos XI – XVI e séculos XVII – XX e o Salão Papal.


Estátua erigida a Paulo II à entrada do Museu  da Catedral
Entre os dois principais edifícios encontra-se o Sitio Arqueológico, coberto de neve. Por lá passámos a caminho do restaurante. 
Almoçamos em Wawel, no Café Paxá – Kawiarnia Pod Baszia, 6: uma garrafa de vinho tinto Bench - pierogi z kapusta i grzybami wino acompanhou bolinhos de massa com couve e cogumelos - pierogi z kapusta i grzybami, filete de peru com cobertura de mel - filet w miodowej otulinie e sobremesa com café - zestaw deser i kawa; gastamos 102,90 PLN. Foi uma refeição ligeira e rápida pois ainda necessitava-mos de ver o Palácio Real.


Sítio arqueológico 

Sítio arqueológico coberto de neve

Entrada para o Palácio Real

Zamek – o Castelo Real.

As escavações arqueológicas confirmam que a primeira Corte Real ocupava um edifício no mesmo local entre os séculos X e XI. Casimiro III, o Grande, ali construiu uma imponente residência real gótica em meados do século XIV destruída por um pavoroso incêndio em 1499. Após este terrível episódio, o rei Alexandre e seu irmãAs escavações arqueológicas confirmam que a primeira Corte Real ocupava um edifício no mesmo local entre os séculos X e XI. Casimiro III, o Grande, ali construiu uma imponente residência real gótica em meo Sigismundo, empreenderam a reconstrução da Casa Real de estilo renascentista. Um outro incêndio conduziu ao enriquecimento de alguns interiores com detalhes barrocos.

Palácio Real com a Torre dos Senadores à esquerda da imagem
e Torre Jordanka no centro da imagem

Palácio Real com a Torre de Sigesmundo
A visita inicia-se pelo Pátio, um bonito exemplo do Renascimento italiano. O Pórtico e os dois andares de galerias que cingem o pátio do Castelo criam passagens cobertas entre os diversos salões do Palácio. No rés-do-chão e no primeiro andar estão protegidas por arcadas renascentistas e o andar superior está sustentado por esbeltas colunas. O telhado tem um amplo beiral com caleiras que possuem interessantes gárgulas por onde a água escorre no tempo de chuva.


Pátio Real


Pátio Real com o rés-do-chão, 1º e 2º andares

Entrámos nos Apartamentos Reais, onde era proibido fotografar. São amplos e sumptuosos. Situados no primeiro andar, conforme era tradição, (o rés-do-chão era destinado à administração e serviçais), destacam-se as monumentais portas góticas e renascentistas, o mobiliário do século XVI, a neoclássica Sala das Colunas, a rica colecção de tapeçarias que fazem parte da primitiva decoração dos Apartamentos Reais, são um esplêndido testemunho da arte renascentista. A Pinacoteca reúne uma colecção de quadros de pintores polacos e de outras escolas da Europa. Possui retractos de soberanos e notáveis polacos pintadas por artistas de Cracóvia, pinturas barrocas principalmente flamengas e holandesas, assim como obras italianas dos séculos XV e XVI.
No segundo andar do Palácio, que desempenhava as funções de representação, são de destacar a Sala das Aves, com paredes revestidas com pele de cabra (cordovões) do século XVII, a Capela Real do século XVII, com uma esplêndida abóboda decorada com estuques e a enorme Sala dos Senadores, com fabulosos tapetes que pertenceram a Sigesmundo II Augusto e que representam episódios da História de Noé.

Ainda nos faltava ver uma obra preciosa também aqui exposta. A obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), a “Dama do Arminho”, um dos retractos femininos mais célebres do artista e que representa Cecília Galerani, dama da corte e amante de Ludovico Sforza, o Mouro, o qual tinha um emblema onde figurava um arminho.
Paga-se bilhete à parte só para ver a obra. Mas vale apena. É de facto um quadro, que apesar das suas pequenas dimensões, é uma preciosidade.

Dama do Arminho - Leonardo da Vinci
Eram 16,30 horas e todas as salas encerravam.



O dia já declinava e o sol fez uma graça e despontou no horizonte entre nuvens. Saímos da Colina de Wawel e dirigimo-nos a pé a caminho do nosso hotel.


Entardecia e o sol deu um "ar da sua graça"








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