As colinas ondulantes que se estendem ao longo da costa atlântica situada a
norte de Lisboa acolhem algumas das zonas mais produtivas e heterogéneas de
Portugal. As vinhas estabelecidas junto à linha da
costa sofrem de uma forte e decisiva influência atlântica, enquanto as vinhas
implantadas no interior, protegidas da influência marítima pelos diversos sistemas
montanhosos, beneficiam de um clima mediterrânico de transição. Lisboa é composta por nove denominações de origem. Das entre as nove sub-regiões destacam-se Bucelas, Colares e Carcavelos. Dos
vinhos de Colares, é o tinto o mais característico, proveniente das castas
ramisco. Bucelas ganhou espaço próprio pelo estilo vincado dos seus vinhos
brancos, onde domina a casta Arinto, capaz de oferecer frescura e longevidade.
As principais castas brancas são o
Arinto, Fernão Pires, Malvasia, Seara-Nova e Vital, enquanto nas castas tintas
predominam o Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão, Tinta Miúda, Touriga
Franca, Touriga Nacional e Trincadeira, para além da contribuição de castas
internacionais como o Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Syrah.
Nos vinhos brancos desta região, na relação preço qualidade, destaco o Confraria
- Moscatel Leve Colheita Selecionada 2012, o Contemporal - Leve 2012, o Casa de
Pancas – 2012 e nos tintos o Quinta das Amoras – 2008.
QUINTA DAS PANCAS |
A Península de Setúbal varia entre zonas planas e arenosas e a paisagem mais montanhosa da Serra da Arrábida. O clima da região é claramente mediterrânico, com verões quentes e secos, invernos amenos mas chuvosos, e humidade elevada. Só a Serra da Arrábida, pela altitude elevada e pela proximidade ao mar, beneficia de um clima de feição mais atlântica. A Península de Setúbal compreende as Denominações de Origem, “Palmela” e “Setúbal” e a IG Península de Setúbal. A denominação “Setúbal” está reservada para os vinhos Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. Os vinhos tintos de “Palmela” baseiam-se na casta Castelão, de presença obrigatória na denominação, casta que oferece o melhor de si nos solos arenosos quentes e soltos de Palmela, ganhando uma complexidade e profundidade que a casta só raramente consegue alcançar fora da região. As duas castas brancas dominantes são o Arinto e Fernão Pires, bem como o Moscatel de Alexandria, destinado sobretudo aos vinhos generosos da região. Nas castas tintas, evidenciam-se o Alfrocheiro e Trincadeira.
Nos tintos, destaco o Terras do Sado – 2012, o Igrejinha
– 2010, o JMF, o Vale dos Barris - Castelão 2011, o JP
tinto e nos brancos o JP branco, o Vale dos Barris - Moscatel 2012,
o Dom
Campos – 2012, o Contemporal – 2012, o Fonte
do Nico, o Terras do Sado – 2011, o Fonte do Nico - Fernão-Pires, o Moscatel
2012, o Igrejinha – 2012, o Adega de Pegões – 2012 e por último,
o Contraforte
- Moscatel 2012.
Voltaremos, como prometido, com os vinhos dessa grande e extraordinária região Vitivinícola do Alentejo.
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